Eugênia no Café Girondino
“Junho, dia oito; ano 2011. Mesmo com os olhos lacrimejando, não por uma angustiante emoção, mas provavelmente por um cisco que comecei a coçar, acarretando uma irritação, resolvi escrever estas linhas. Não é nada num estilo poético, é num estilo/tom mais confessional do que outra coisa. Versa sobre ela: Eugênia, minha inquilina.
Já há algum tempo desenvolvi um forte sentimento por Eugênia. Não vou dizer que esse sentimento é amor, pois já estou atento a isso, a essa cilada do coração; mas eu diria que é um tesão bem forte misturado com um carinho muito especial por essa menina. Eugênia tem vinte oito anos, mas pra mim é uma menina; não que eu me sinta muito mais velho do que ela (apesar de eu ter uma idade bem superior à sua), mas por ela fazer o estilo molecona. E acho que é isso o que combina comigo: o jeito de moleca. Afinal, eu também sou, e quero continuar sendo a vida toda, moleção. Tudo isso me faz sentir bem, faz-me sentir vivo. Adoro garotas vivazes, animadas e, como já disse, molecas. Quando a gente se sente atraído por esse perfil psicológico de uma garota e ainda tem atração sexual por ela, está tudo ajeitado para um romance muito legal, mesmo que seja sem grandes compromissos; só dependeria de Eugênia, eu transaria com ela numa boa e toparia firmar um romance, mas que fosse, de certa forma, descompromissado. A única barreira a ser contornada, o único problema a ser solucionado, é a tensão em contraposição ao tesão. Fico pensando (e acho que o problema está justamente aí: ficar pensando demais) na hora (se isso ocorresse, é claro) da transa; o meu nível de estresse se elevaria sobremaneira e haveria o risco da temerosa brochada. Entretanto, acho que ela, mesmo sendo molecona, teria habilidade suficiente para resolver isso, bastaria um pouco de vontade e paciência de sua (dela) parte; quando a mulher está a fim, ela faz acontecer, ainda mais que em se tratando de Eugênia, eu me excito só de pensar, evidenciando que não há falta de interesse (apetite) sexual de mim em relação a ela; seria só uma questão de afastar o medo, ou melhor, o pânico, da brochada, e a transa se concretizaria. Porém é fato que quando a gente quer alguma coisa há muito tempo, corre-se o risco de não a ter, ou perder, por tanta ansiedade que se acumula ao longo do correspondente período. Meu pênis se assanha ao lembrar dessa fascinante menina. Desde que Eugênia começou a fazer Karatê, minha imaginação tem-me levado a sonhos por ela protagoniazados. E quando falo em sonhos, são sonhos mesmos, são projeções do subconsciente em minha mente no decorrer das horas de sono. Quase sempre durmo pensando nessa garota (que já me parece uma obsessão) e, ao despertar, meu pau está durão e babando por ela. Sonhei, não faz muito tempo, que a beijava calorosamente logo após fitar aqueles lindos olhos (verdes ou azuis) que tanto me chamam a atenção. Tenho de confessar, inclusive, que as ejaculadas, resultantes de devaneios oníricos, estão cada vez mais freqüentes, pois a presença habitual de Eugênia em meus sonhos (eróticos, na maior parte das vezes) leva-me quase sempre ao orgasmo.
Se Eugênia respeitasse a excitação (o tesão) que sinto por ela, não vendo isso como um desrespeito, mas, sim, uma forma de admiração, elogio ou... sei lá... Devoção... Acho que ela daria pra mim. Acho, não, tenho certeza que ela daria pra mim! Afinal, um tesão (que parece preste a se transformar numa avassaladora paixão) não deveria ser desperdiçado."
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