12 de set. de 2011

J. T. (Outra inquilina)

Para sermos eternos

...Não queria muito, só queria que ela, com sua beleza e vivacidade, desse-me um pouco daquela poderosa energia vital. O que pedia era bem razoável e estava totalmente dentro de sua capacidade, não era nada além do que ela poderia fazer, se assim se propusesse... Mas, como por um mero capricho, ou até mesquinharia, ela se negou a mim, não me deixou provar os encantamentos de seu corpo, recusando-se a um mero mortal como eu. (...) Ocorreu que naquela noite senti-me preste a alcançar a imortalidade, afinal se eu tocasse aquela mulher considerada divina, estaria garantida minha vida eterna; esta é uma das prodigiosas faculdades dos deuses, de uma forma geral: garantir a eternidade às pessoas, fazendo com que elas deixem de ser simples mortais. E quanto às deusas, especificamente, as verdadeiras são muito generosas; portanto, para uma mulher ao menos se aproximar da condição divina, deve antes de tudo exercitar a generosidade para com nós, pobres homens mortais. Rogo a vocês, mulheres, que se doem de forma espontânea e generosa, reconquistando com isso a divindade que já lhes fora própria no passado e fazendo com que nós homens alcancemos a tão almejada imortalidade...

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