25 de dez. de 2012

Mensagem de Natal

(25 de Dezembro de 2012)

          Essa foi para minha amiga Meire, moça fina, uma camelô batalhadora, que foge do ‘rapa’, arrasta-se com suas tralhas nas costas parecendo um caramujo, daí seu cognome ‘Ledy Caramujo da Consolação', ou simplesmente ‘LCC’. Uma figura conhecidíssima nas imediações, sem a qual as proximidades da Paulista/Consolação certamente não seriam as mesmas.
            Eis a carinhosa mensagem:
          ‘Reitero neste dia vinte e cinco de Dezembro os meus votos de paz e prosperidade, e que a saúde e a força, preciosos bens que você tem em abundância, continuem a lhe sustentar, pois as barreiras e obstáculos da vida têm de ser superados, afinal, ‘LCC’ (Lady Caramujo da Consolação), mais do que uma figura querida e folclórica do bairro de Cerqueira César, não pode deter-se diante das íngremes (e desafiadoras) escadas (e escaladas) do dia-a-dia. Que as palavras pagãs deste amigo ‘ímpio’, mas sincero, sirvam para algo positivo, posto que o conhecimento calcado na razão e não na fé traz a verdadeira evolução e o conseqüente progresso da humanidade. Torço, também, Sra. LCC, para que a lucidez fixe-se cada vez mais em sua personalidade, aliando-se ao seu caráter firme e inabalável de uma brasileira guerreira que não desiste nunca (mesmo estrebuchando algumas vezes). E, por fim, que tanto o misticismo quanto à crença em ‘livros de histórias da carochinha e de cobras falantes’ dêem lugar a uma linha de pensamento mais lúcido, racional e sadio (mens sana in corpore sano). Obviamente sei que você não acredita em todas essas patetadas de livros sagrado (acredita apenas em 43,71 por cento, de acordo com suas próprias palavras), você apenas faz as vestes de uma crente para entreter-nos, representando magistralmente o arquétipo das mais diversas crentes que têm seus mundos, sua vidas, fundad(o/a)s (e afundad(o/a)s) em fantasias e ilusões; se o a civilização/humanidade dependesse deles, digo, dos crentes, ainda estaríamos na Idade da Pedra Lascada. ‘Duas mãos trabalhando e uma cabeça pensando fazem muito mais do que milhares rezando’. Entretanto, o costumeiro voto de Feliz Natal nesta data comemorativa (mas que nada de real representa) é mister para a manutenção da boa socialização (às vezes parece até cinismo, ironia ou hipocrisia; mas certamente não é o caso agora). Feliz Natal para você e para todos os seus próximos. Celso, ‘Serial Fucker, obsessivo, sincero e ateu.’
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